segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Lítio


Aquela navalhada na carne, que era por diversão, começa a virar vício, e nem dói mais. Ver todo o sangue escorrer quase não faz diferença, adrenalina baby, that’s all...

Quantos cortes foram necessários?

E se levar tudo tão a sério pra se notar, que no final estava apenas precisando admitir todos aqueles defeitos que tentei esconder por trás de uma maquiagem boqueta por tantos anos.

Eu vi que estava no fundo do poço, quando sentada na janela do meu quarto, desejando desesperadamente algo que me fizesse sentir adrenalina, e vi que nem o meu medo de altura fazia meu coração disparar por um segundo.
Eu não sentia,
Não sentia absolutamente nada...
Nem chorar,
Me desesperar ou até ficar irritada.
Lítio...Tanto se fala, tanto se deseja e tanto se odeia.

Era como se eu estivesse numa profunda overdose de não sentir. E eu gosto de sentir, mesmo que seja o desespero, as vezes precisa-se de desespero pra conseguir achar uma saída, e eu particularmente, sempre amei o drama, chorar horas a fio, pensar nas hipóteses mais cabeludas, ser um tanto quanto mórbida em alguns momentos. Faz com que eu sinta eu mesma.

Por mais que eu deixe quem conviva comigo louco na minha montanha russa de humores, eu só me sinto viva quando vou da alegria a fúria em segundos.
Eu preciso de adrenalina na minha vida, eu sou regada a mudanças que me dão frio no estomago e que mal me deixar dormir e comer.

Eu aprecio o drama e honestamente, desse vício eu não quero me curar, nunca...

Um comentário:

  1. Levei quase um susto com o comentário. Pensei que fosse secreta, hehehe...

    Esse post parece que brinca com sua foto e com o título do blog.
    Mente,Pequena... às vezes eu passo aqui pra ouvir.

    ResponderExcluir